Inteligência Emocional


O assunto de hoje é “Inteligência Emocional”, apesar de ser ainda um constructo bastante recente, estudos vem mostrando a existência e importância deste tipo de inteligência. Como você pode imaginar não é um conceito assim tão fácil de ser explorado pois a inteligência sempre foi um campo de estudo que gerou várias controvérsias e polêmicas. Assim, como uma forma de ampliar o que é tido como tradicionalmente inteligente esta teoria surge para correlacionar o conceito de inteligência com o mundo dos sentimentos e das emoções. Então para compreendermos este conceito, primeiramente precisamos entender o que é emoção. Podemos compreender a emoção como uma reação psicobiológica, isto é, de uma parte é determinada por nosso organismo e de outra por nossas experiências de vida. Hoje se torna mais claro que as nossas emoções influenciam todos os aspectos da nossa vida. A inteligência emocional estaria ligada à forma como processamos as emoções de forma inteligente, estaria diretamente relacionada às nossas cognições. Os primeiros estudiosos que definiram a inteligência emocional foi Salovey e Mayer (1990) a partir de vários estudos empíricos e científicos.  O processamento de informações emocionais foi explicado através de um modelo de quatro níveis, vejamos:
1)      Percepção acurada das emoções, esta percepção emocional seria para estes autores a mais básica forma de habilidade da inteligência emocional, refletiria a capacidade de reconhecer distintas emoções em si e nos outros acuradamente, além de expressá-las nas situações sociais.
2)      Uso da emoção para facilitar o pensamento, resolução de problemas e criatividade. Este segundo nível seria referente a habilidade do pensamento gerar emoções, as emoções poderiam influenciar o processo cognitivo de forma a facilitar e criar estratégias para solucionar algum problema, ou usar as emoções de forma criativa. As pessoas com esta habilidade tenderiam a usar as emoções positivas no desenvolvimento da criatividade e no processamento de informações de forma integrada. Também fariam menos esforço cognitivo no processamento de informações e resoluções de problemas de ordem emocional.
3)      Compreensão de emoções. Esta capacidade estaria correlacionadas a outras três habilidades (a) capacidade de identificar emoções e codificá-las; (b) entender os seus significados, curso e a maneira como se constituem e se correlacionam; e (c) conhecer suas causas e consequências. A compreensão emocional, indicaria, também, quão bem uma pessoa seria competente para entender significados e situações emocionais, através do uso de processos de memória e codificação emocional Lyons e Schneider (2005) referiram que a capacidade de entender e prever novas emoções poderia estar associada a sentimentos de previsão e controle.
4)      Controle de emoções para crescimento pessoal. Esta capacidade de Gerenciamento emocional está relacionada a habilidade de regular as próprias emoções e as emoções dos outros, ou seja, gerar emoções positivas e reduzir as negativas, conforme a situação. Pessoas com esta habilidade podem obter benefícios em variadas situações como de ansiedade, estresse etc. E em situações de conflito, em que pode ser capaz de contornar os problemas através desta capacidade, podendo, assim, ter sentimentos de autocontrole e controle situacional. Conduzindo também ao crescimento emocional e intelectual e promoção do bem-estar.
O interessante da proposta de Salovey e Myer é que eles fundamentaram sua teoria com base em pesquisas que envolveram um longo processo de estudos a fim de colocar esta habilidade no status de inteligência e não em pensamentos infundados ou do senso comum como as outras proposições de inteligência emocional que foram surgindo, por exemplo, com Daniel Goleman, em seu livro “Inteligência Emocional” que acrescentou várias outras habilidades mais relacionadas à personalidade do que com o processamento cognitivo, há várias pessoas que acreditam nesse tipo de inteligência, outros nem tanto, e você? Você pode deixar sua opinião nos comentários abaixo.


Beijos e até a próxima!

Referências Bibliográficas:


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